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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
A batalha das Comic Cons no Brasil
A batalha das Comic Cons no Brasil
Por um lado, teremos em dezembro a Comic Con Experience. Por
outro, a Yamato se movimenta e vai realizar a Brasil Comic Con em novembro, pra
furar a rival. Só que um adversário a altura está se preparando: a São Paulo
Comic Con, dos mesmos organizadores da New York Comic Con
Renan Martins Frade
18 de fevereiro de 2014
A noite de 25 de Janeiro, um sábado, foi movimentado. O site
Omelete e a Chiaroescuro Produções (do Ivan Freitas, um dos curadores da FIQ)
anunciaram a Comic Con Experience, evento que “trará a experiência da San Diego
Comic-Con” para São Paulo. Depois de quase um mês, a CCXP não anunciou seus
principais convidados ou preço dos ingressos – o que é normal, afinal o evento
vai acontecer apenas entre 4 e 7 de dezembro – mas o simples anúncio já fez
barulho suficiente pra movimentar a indústria da cultura pop brasileira.
A primeira reação, claro, foi dos fãs. A San Diego Comic-Con
tem sido coberta pelos veículos brasileiros de forma bem abrangente desde
meados da década passada, quando o próprio evento se tornou incrivelmente
enorme – trazendo paineis, grandes convidados e apresentações de novidades não
apenas dos quadrinhos (de onde a SDCC veio), mas das indústrias de games, TV e
cinema. Por isso, nada mais justo que os fanboys e fangirls daqui verem na CCXP
a oportunidade única de ficar perto do elenco de um Os Vingadores – A Era de
Ultron ou Star Wars – Episódio VII – desejo esse alimentado pelos próprios
organizadores da Comic Con Experience, que estão tentando parcerias com
estúdios como Warner, Paramount e Disney.
No entanto, a CCXP não tem ligação com o evento dos EUA,
existindo apenas a intenção por parte dos organizadores em se inspirar na
versão californiana. E essa separação não está apenas nos logos dos eventos,
mas também no nome: Comic-Con, com hífen, é uma marca registrada da San Diego
Comic Convention, organizadora da SDCC. Comic Con, sem hífen, é de domínio
público.
“Não somos filiados à SDCC. Nosso evento segue os moldes das
Comic Cons americanas e já temos confirmadas coisas que nunca aconteceram no
Brasil”, explica Pierre Mantovani, presidente da Comic Con Experience. “Teremos
um Artist Alley grande para 64 quadrinistas brasileiros autografarem suas obras
e terem contato com os fãs. Além disso, as maiores empresas de colecionáveis do
mundo já confirmaram presença, como a Bandai, HotToys, Kotobukiya, entre
outras. Esses caras nunca estiveram em um evento de consumo no Brasil e a
Marvel já aprovou três peças exclusivas pra CCXP”.
New York Comic Con a caminho de São Paulo
Tanta movimentação no mercado brasileiro pode ter acordado
um gigante adormecido. Não, não estou falando do povo brasileiros nas ruas, nem
nada disso, ainda bem. Estou falando de outro gigante: a Reed Exhibitions
Alcântara Machado.
No Brasil, a Alcântara Machado é conhecida por organizar
grandes eventos em outros setores, como o Salão do Automóvel de São Paulo e a
Bienal do Livro de São Paulo. Nos EUA, a Reed Exhibitions é simplesmente a
organizadora da New York Comic Con, segunda maior convenção do tipo no país –
atrás justamente da San Diego Comic-Con e da Chicago Comic & Entertainment
Expo (C2E2).
As empresas estão juntas no Brasil desde 2007 e, em 2010,
entraram com o pedido de registro das marcas São Paulo Comic Con e SP Comic
Con. Uma São Paulo Comic Con “pelos mesmos organizadores” da New York Comic
Con? A primeira Comic Con brasileira “oficial”, ao menos no que se refere à
parceria com um evento dos EUA? Pois é. E isso está bem próximo de acontecer.
“Temos interesse no setor, mas estamos avaliando o formato
ideal de evento deste porte aqui no Brasil. Ainda não temos uma data prevista
para o lançamento”, explica Paulo Octávio Pereira de Almeida, Vice Presidente
Comercial da Reed Exhibitions Alcântara Machado. “Acreditamos que existe um
potencial igual – ou até maior – que nos EUA para este segmento em São Paulo”.
Traduzindo: eles estão se movimentando e a São Paulo Comic Con vai acontecer.
Só falta saber QUANDO.
Vale lembrar que, apesar dos diferenciais divulgados, a
Comic Con Experience está longe de ser o primeiro evento com “Comic Con” no
nome por aqui. Quem começou com isso no Brasil foi a Rio ComiCon, que teve a
primeira edição em 2010 e tinha um foco quase que total nas histórias em
quadrinhos, sem descambar pra outras mídias, como a original estadunidense.
Foram dois eventos, com o segundo acontecendo em 2011. Para
2012 estava agendada a 3ª Rio ComiCon, que foi adiada para o ano seguinte pelos
organizadores. Na época, a direção informou por meio de nota oficial que “não
conseguimos renovar o contrato com o patrocinador das duas primeiras edições do
evento e os investimentos culturais, em ano eleitoral, sofrem severas reduções,
sobretudo, para festivais jovens como é o caso do Rio ComiCon”. Como você sabe,
já estamos em 2014 e não há previsão de uma nova edição do evento – informação
confirmada ao JUDÃO pelos organizadores por meio de assessoria de imprensa.
Já existia vida muito antes da CCXP
Se não rolou a Rio ComiCon, 2013 ao menos foi um ano
movimentado de eventos do tipo. Além da já tradicional FIQ (que é bienal),
foram realizadas a Brasil Comic Con (em paralelo a Anime Friends, organizada
pela Yamato Corporation), a Fortaleza Comic Con (junto com o SANA) e até a
Santos Comic Con. Todos, de alguma forma, tentando atrair a atenção das pessoas
para as histórias em quadrinhos, mas apenas com a FIQ sendo realmente relevante
para o mercado.
Disputa pela SUA atenção
Vendo que pode perder a onda que ela mesma surfou quando
ainda era uma marolinha, a Yamato está se movimentando nos bastidores para
realizar a Brasil Comic Con de 2014 descolada da Anime Friends, o que também
evitaria conflito de datas com a San Diego Comic-Con, como aconteceu no ano
passado.
Só que não é só isso.
O planejamento da Yamato é colocar a BCC em novembro, um mês
antes da CCXP. Eles, inclusive, já estão contatando editoras e convidados em
potencial. A intenção é clara: tirar a atenção quase que exclusiva (no momento)
da Comic Con Experience e fazer com que os fãs gastem seu suado dinheiro um mês
antes. Tática de guerrilha não só pra atacar o concorrente, mas também para
reforçar no mercado o evento que começou um ano antes. Para isso, já se comenta
no mercado que o evento contaria com as presença de Chris Claremont
(responsável por recriar os X-Men no final dos anos 70) e que estariam
negociando com Brian Michael Bendis (criador, entre outras coisas, dos Novos
Vingadores e do Homem-Aranha Ultimate).
Brian Michael Bendis numa Comic Con no Brasil? Isso pode
estar mais próximo do que você imagina (Crédito: Renan Martins Frade /
JUDAO.com.br)
Brian Michael Bendis numa Comic Con no Brasil? Isso pode
estar mais próximo do que você imagina (Foto: Renan Martins Frade /
JUDAO.com.br)
Procurados, os organizadores confirmaram a mudança de datas,
mas não os convidados. “Essa era a ideia desde o início, fazer um evento com a
importância do Anime Friends, só que ainda mais focado para a cultura nerd/geek
ocidental”, explica Leandro Cruz, coordenador geral da Brasil Comic Con. “As
negociações estão avançadas, mas neste momento ainda não podemos revelar nomes.
O Brasil Comic Con acontecerá quase que como uma dobradinha com o Argentina
Comic Con, que ano passado levou a Emily Kinney (de The Walking Dead), e os
artistas que vierem pra cá também irão para a Argentina”. Além disso, Cruz
garante que a Anime Friends, confirmado para julho, manterá um espaço para as
HQs ocidentais – incluindo aí um convidado de peso que será anunciado nos
próximos dias.
Mas a Yamato quer manter a “política da boa vizinhança” com
os concorrentes, apesar da movimentação nos bastidores. “Eu vejo como algo
muito positivo [a concorrência com a CCXP]“, comenta Takashi Tikasawa, diretor
da Yamato e idealizador do BCC. “O público brasileiro há muito tempo anseia por
isso, exatamente por esse motivo que desde 2010 (com o SP Comic Fair) sonhamos
com este evento. Além disso, quem mais tem a ganhar é o próprio mercado de
cultura pop no Brasil.”
Também questionado sobre a concorrência de outras
convenções, Pierre Mantovani, presidente da Comic Con Experience, explica que
não teme acabar se repetindo aos outros eventos, justamente por conta dos já
citados diferenciais: Artist Alley (inspirado em espaço parecido com os das
Comic Cons nos EUA, onde artistas de quadrinhos recebem fãs, vendem artes,
autografam edições, etc.) e as empresas de colecionáveis. Mas isso é pouco.
O público quer mais. MUITO mais.
Obviamente, tanto Mantovani quanto o pessoal da Yamato (ou
mesmo da Reed, que, neste momento, estão estudando como adaptar o formato da
NYCC na SPCC) sabem que não são só quadrinistas ou as empresas de colecionáveis
que vão determinar qual evento deu certo e qual foi um fracasso. Na real, as
parcerias com os estúdios e distribuidoras serão importantíssimas nisso –
principalmente na véspera de um ano cheio de blockbusters programados, o que
com certeza não é coincidência. Para 2015 temos, apenas pra citar rapidamente,
as estreias dos já mencionados Os Vingadores – A Era de Ultron e Star Wars –
Episódio VII, além de Homem-Formiga, Inside Out, Mad Max: Fury Road, os reboots
de Quarteto Fantástico e O Exterminador do Futuro, entre tantos outros. Até
mesmo Batman vs. Superman, adiado para 2016, poderia dar as caras em algum
evento no final deste ano, já que as gravações acontecem ainda em 2014.
Sendo mais específico, o interesse dos grandes estúdios pelo
Brasil tem crescido consideravelmente, principalmente porque os executivos
perceberam que não é mais a bilheteria dos EUA que pode garantir todo o
dinheiro que querem. Ano passado, por exemplo, executivos da LucasFilm
estiveram no nosso País e, entre outras coisas, foram até Belo Horizonte apenas
pra conferir o clima da FIQ. É essa atenção que os organizadores das Comic Cons
querem atrair para seus respectivos eventos.
Mas há, claro, algo “menor” que pode movimentar ainda mais
essa “briga” entre CCXP e BCC: o Omelete pediu, no ano passado, o registro da
marca Comic Con Brasil, nome bem próximo ao utilizado pelo concorrente. Seria
esse um segundo evento na manga? Ou apenas uma tentativa de, no futuro, ocupar
o espaço deixado por um concorrente talvez fragilizado? “Primeiramente nosso
foco é acertar no evento deste ano, pois se não der certo não teremos segunda
edição”, explica Mantovani, que prefere manter os pés no chão a falar sobre projetos
futuros. “Por isso estamos investindo e acreditando muito no nosso sonho, mas
precisamos da ajuda e apoio de todos os nerds e geeks do Brasil que acham que o
nosso país merece algo deste nível.”
É, não só merece algo desse tamanho, como também tem no horizonte
três (ou quem sabe mais) grandes Comic Cons por vir… E essa é uma disputa na
qual todos nós saímos ganhando. ;)
CLUBE DO GIBI APRESENTA: HQ - HUMOR EM QUADRINHOS
Wolverine Action Figure Lançamentos
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Enquanto isso não será até a próxima semana que os fãs começa a ver o primeiro trailer oficial de The Wolverine, Diamond Select Toys lançou o primeiro trailer oficial de Os bonecos filme Wolverine hoje.
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Diamond Select também revelou que vai lançar uma linha de Minimates para o filme Wolverine, mas esses números são top secret a partir de agora.
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